Mulheres empreendedoras nos dias atuais são um exemplo de garra e força. Para fazer história, é necessário quebrar paradigmas e, de acordo com a Serasa Experian, a maior parte das mulheres estão à frente de MEI ou como sócias de micro e pequenas empresas, representando 98,5% da atuação feminina no mundo dos negócios.
Para chegar nesse número, foi preciso que diversas mulheres adentrassem no mercado do empreendedorismo e mostrassem do que eram capazes. São quase 100% de mulheres atuando como microempresárias, formalizando suas ideias, se atualizando e buscando se diferenciar em segmentos cada vez mais competitivos.
Hoje, trouxemos relatos de mulheres empreendedoras para inspirar outras mulheres e homens; mulheres que já passaram por muitas dificuldades para liderarem grandes empresas. Uma dica: parcerias foram essenciais para esse processo, assim como a ACQIO já faz com suas mulheres empreendedoras de todo o Brasil.
Imagine essa rotina se repetindo todos os dias durante a semana: uma ex-empregada doméstica, um ex-taxista e dois ex-atendentes do McDonald’s diariamente colando no vidro atrás do motorista o “anúncio” em papel xerocado, com os seguintes dizeres: “Se seus cabelos são um problema, nós somos a solução”.
Foi assim que Zica Assis e Leila Velez começaram a divulgar seus produtos, há mais de 20 anos atrás. Nessa época, já misturavam produtos e matérias-primas para finalizar cabelos cacheados.
Ambas contam que foram intermináveis testes – deixando até familiares carecas, mas finalmente encontraram a fórmula.
Assim, nasceu o Beleza Natural, primeiro instituto especializado em cabelos crespos, cacheados e ondulados do Brasil. E não pense que o sucesso não veio rápido, viu? Iniciou com uma salinha de 30m² que recebia imensas filas na porta, tocada pelos quatro sócios.
As chances de dar errado eram grandes, mas nas palavras da presidente e co-fundadora, Leila Velez, “a gente acreditava muito em um sonho e era tudo que a gente tinha”.
Essa história muita gente já conhece, e fizemos questão de inseri-la em nossa lista para reforçar a inspiração. Luiza nasceu e foi criada no interior de São Paulo, em Franca, sendo filha e sobrinha única, conta que aprendeu muito da inteligência emocional com a mãe e a ter espírito de vendedora com a tia.
Somando valores como honestidade, sonho grande, generosidade e aprendizado constante, transformou a loja fundada pelos tios em um dos maiores varejistas do país: o Magazine Luiza.
Em entrevista para o Endeavor, diz:“Eu sou vendedora. A minha família é vendedora. Eu não tenho vergonha de dizer isso. Comecei a trabalhar no varejo aos 12 anos porque queria comprar presente de Natal para as pessoas que eu gostava. Com o dinheiro das comissões, eu consegui. Todo mundo que trabalha vende algo para alguém. No Magazine Luiza, durante cinco anos, todo mundo tinha o cargo de vendedor no crachá. Isso é motivo de orgulho e não de vergonha.”
Conhecida como Mazé, a mudança de vida de Maria José de Lima Freitas veio ao 44 anos de idade, por meio de doces.
Após perder o emprego de faxineira e passar mais de um ano desempregada, ela decidiu começar a vender doces para gerar renda e sustentar os dois filhos. Cenário que é muito comum nos dias de hoje.
Foi em 1999 que ela vendeu o primeiro tacho de doce de amendoim, rendendo apenas R$ 20 reais, mas a doceira que tomou a frente do negócio ficou firme e forte para que o “Mazé Doces” desse certo.
Atualmente, a Mazé Doces produz mais de 100 toneladas de doces anualmente, com mais de 25 funcionários e tem faturamento anual de R$ 1 milhão.
Foi no meio de uma situação que poderia ser vista como prejuízo, que a Dudalina nasceu. Seu Duda, pai de Sônia Hess, em uma de suas idas para São Paulo para reabastecer o estoque, acabou comprando muito mais do que o ideal de um tecido.
Foi graças ao espírito empreendedor da mãe de Sônia, Dona Lina, que a situação reverteu.
Ela descosturou uma camisa que tinha na venda, entendeu como a peça era feita, contratou duas costureiras (que passaram a trabalhar no quarto dos filhos) e, naquela tarde, fizeram três peças que venderam bem rápido.
Da situação, Dona Lina viu uma oportunidade e assim nasceu a Dudalina, em 1957.
As primeiras lojas de Balneário Camboriú foram dos pais de Sônia. Segundo ela, as tocadas pela mãe, de quem herdou a sensibilidade para os negócios, eram muito mais bem sucedidas.
Com 11 irmãos homens, Sônia assumiu a presidência da camisaria fundada pelos dois e a transformou na maior exportadora de camisas do país.
As bioquímicas Janete Vaz e Sandra Costa já eram amigas quando se tornaram sócias. Janete já herdou o espírito empreendedor de seu pai. Já Sandra, retira de sua inspiração a mãe, que fez da profissão de costureira, um grande negócio.
Com muita humildade para aprender, as amigas começaram buscando credibilidade junto à classe médica e perceberam o quanto precisavam se capacitar para se tornarem verdadeiras mulheres empreendedoras.
Com apoio de profissionais especializados, o Sabin, que começou com três funcionários, alcançou a marca de 2000. Por isso, aos novos colaboradores, elas repetem a frase que se tornou um lema desde que, sentadas na calçada, observavam o prédio da empresa que acabavam de criar: “Tire seus sonhos da gaveta”.
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